quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O que é Eletromagnetismo ?



(*vejam o artigo inteiro em) :https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/8/8e/Apostila_Eletromagnetismo_CEFET.pdf


Os gregos já sabiam, há mais de 2500 anos, que  certas pedras da região da Magnésia, na Ásia
Menor (agora chamada de Manisa, no oeste da Turquia) se atraíam e também atraíam pedaços de ferro.
Estas pedras são conhecidas hoje como Magnetitas ou Ímãs


 Permanentes. As primeiras experiências com
o magnetismo referiam-se, principalmente, ao comportamento dos ímãs permanentes. Na China, no século Ι
a.C., observou-se que um imã suspenso por um fio (ou flutuando sobre  a água), tende a orientar-se na
direção norte-sul terrestre. Isto deu origem à Bússola. A bússola é, simplesmente, um ímã permanente em
forma de agulha, suspenso no seu centro de gravidade e que pode girar livremente sobre um eixo para
indicar a direção geográfica norte-sul. O lado da agulha que aponta para o norte geográfico convencionouse chamar de norte magnético. Não se sabe quando a bússola foi usada pela primeira vez na navegação, mas
existem referências escritas sobre este uso que datam do século XII.
Em 1260, o francês Petrus Peregrinus observou que, as extremidades de um imã possuem um poder
maior de atração pelo ferro: são os pólos magnéticos. A figura 1.1(a) ilustra este fenômeno. Ele também
observou que os pólos não existem separadamente.
A palavra “imã” vem do francês aimant que significa “amante”, em relação à sua característica de atração. CEFET/SC Departamento Acadêmico de Eletrônica  6
Em 1269, Pierre de Maricourt fez uma importante descoberta ao colocar uma agulha sobre um ímã
esférico natural em várias posições e marcou as direções de equilíbrio da agulha. Descobriu então que as
linhas envolviam o ímã, da mesma forma que os meridianos envolviam a Terra, e passavam por dois pontos
situados sobre as extremidades de um diâmetro da  esfera. Em virtude da analogia com os meridianos
terrestres, estes dois pontos foram denominados os pólos do ímã. Muitos observadores verificaram que,
qualquer que fosse a forma do ímã, sempre havia dois pólos, um pólo norte e um pólo sul, onde a força do
ímã era mais intensa. Os pólos de mesmo nome de dois ímãs repeliam-se e os de nome oposto atraíam-se.


 Em 1600, William Gilbert, físico e médico da corte da rainha Elisabeth da Inglaterra, descobriu a
razão de a agulha de uma bússola orientar-se em  direções definidas: a própria Terra era um ímã
permanente. Como um pólo do ímã da agulha da  bússola é atraído para o pólo norte geográfico,
convencionou-se chamá-lo de pólo norte magnético (da bússola). Assim, na região do pólo norte geográfico
da Terra há um pólo sul magnético. A figura 1.2 mostra a Bússola devido à orientação geográfica de um
ímã. A localização dos pólos geográficos e magnéticos da Terra não coincidem exatamente. O ângulo entre
eles é chamado de declinação magnética.


A atração e a repulsão dos pólos magnéticos foram estudadas quantitativamente por John Michell,
em 1750. Usando uma balança de torção, Michell mostrou que a atração e a repulsão dos pólos de dois ímãs
tinham igual intensidade e variavam inversamente com o quadrado da distância entre os pólos. Estes
resultados foram confirmados pouco  depois por Coulomb. A lei da força entre dois pólos magnéticos é
semelhante à que existe entre duas cargas elétricas, mas há uma diferença  importante: os pólos
magnéticos ocorrem sempre aos pares. É impossível isolar um único pólo magnético. Se um ímã for
quebrado ao meio, aparecem pólos iguais e opostos no ponto de fratura, de modo que se formam dois novos
ímãs, com pólos iguais e opostos, como mostra a figura 1.3. Coulomb explicou este resultado admitindo que
o magnetismo estava contido em cada molécula do ímã.
Em 1920 foram desenvolvidos ímãs de maior capacidade com ligas de Alnico (Alunínio, Níquel e
Cobalto), que retêm um magnetismo muito intenso e  são usados na fabricação de alto-falantes, por
exemplo. Em 1950 grandes avanços foram feitos no desenvolvimento de ímãs cerâmicos orientados
(Ferrites) feitos com ligas de Manganês e Zinco (MnZn) e Níquel e Zinco (NiZn). Em 1970 foram obtidos
impressionantes aumentos de forças magnéticas a partir de ligas de Samário Cobalto (terras raras), mas
com custos elevados. Em 1980, da família das terras raras, os ímãs de Neomídio-Ferro-Boro surgiram com
capacidades magnéticas ainda maiores e com custos menores, porém muito sensíveis a temperaturas
elevadas.

Hoje o magnetismo tem importância fundamental em quase todos os equipamentos eletroeletrônicos mais usados na indústria, no comércio, nas residências e na pesquisa. Geradores de energia,
motores elétricos, transformadores, disjuntores,  equipamentos de telecomunicações, sistemas de Prof. Fernando L. R. Mussoi Fundamentos de Eletromagnetismo  7
iluminação, televisores, computadores, vídeo-cassetes, discos rígidos de computadores (HDs), telefones,
cartões magnéticos, equipamentos médico-hospitalares (como a Ressonância Magnética) e muitos outros
equipamentos e tecnologias usam efeitos magnéticos para desempenhar uma série de funções importantes.
O conceito de pólo magnético é análogo ao da carga elétrica. Pólos magnéticos (norte e sul) e
cargas elétricas (positivas e negativas) de nomes  contrários atraem-se e de mesmos nomes repelem-se.
Embora exista o monopolo elétrico (partícula carregada apenas positivamente ou negativamente), ainda não
se obteve o monopolo magnético, ou seja, os pólos magnéticos ainda são considerados inseparáveis.
A primeira evidência da relação entre o magnetismo e o movimento de cargas elétricas foi em 1819
pelo dinamarquês Hans Christian Oersted. Ele verificou que a agulha de uma bússola pode ser desviada de
sua orientação na proximidade de um condutor percorrido por corrente elétrica.
Anos depois, Michael Faraday na Inglaterra e Joseph Henry nos Estados Unidos, descobriram que
o movimento de um imã nas proximidades de uma espira condutora pode produzir corrente elétrica. Isso
levou-nos à compreensão que a atração e repulsão magnéticas são produzidas, fundamentalmente, pelo
efeito de interação magnética dos elétrons dos átomos no interior dos corpos. Esta interação magnética,
embora também tenha origem nas partículas atômicas é diferente das interações elétricas de atração e
repulsão.

*Para melhor entendimento esse vídeo é umas das boas opções :
http://www.youtube.com/watch?v=PqeA-W-b5uI

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